Nova Economia – Diego Barreto | T3#073

“Vivi durante muitos anos em um mundo aconchegante de marcas antigas e volumes grandes em que nada mudava drasticamente. Eu me sinto um dinossauro apavorado” Jorge Paulo Lemann.

Um dos maiores bilionários brasileiros, segundo o ranking da Forbes, tem a humildade de reconhecer o que está acontecendo. Ele percebe que tem alguma coisa diferente no ar:

A Nova Economia já está aí…

Ouça o resumo completo no player acima e tenha bons aprendizados!

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Sobre o livro nova economia

O livro “Nova Economia” foi publicado em 2021.

O autor é Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e Estratégia do iFood.

Nessa obra, ele ensina como navegar nos mares da Nova Economia, entender do que se trata realmente e utilizar essa nova realidade a seu favor.

Ideia central

A grande mensagem desse livro é o começo de uma inflexão de uma curva, que começa a mostrar que o Brasil é um país que tem oportunidades diferentes das tradicionais, abrindo caminho para pessoas que têm um nível de protagonismo muito alto, uma grande agilidade, que se envolvem muito bem com temas novos e conseguem, a partir disso, desempenhar.

Hoje em dia, pessoas comuns podem criar grandes produtos e serviços, sem a necessidade de uma grande empresa por trás.

A Nova Economia é sobre isso.

Essa disponibilidade de recursos (pessoas, conhecimento, dinheiro etc.) que tem permitido que pessoas com grande protagonismo criem, efetivamente, produtos, serviços e empresas que estão revolucionando a forma como a gente se relaciona.

Uma era de novos empreendedores

Começa a sair de cena a economia estática, fortemente dependente de recursos naturais e commodities, para alçar voo uma economia ligada à contínua inovação, sustentada por modelos de gestão ágeis, menos hierárquicos, com times diversos e compromisso com a sustentabilidade.

As empresas da Nova Economia quebram a lógica da necessidade de relação com o Estado, da dependência de subsídios e medidas protecionistas.

Acreditam na transparência e no valor de uma boa ideia, em vez de se agarrar à propriedade e ao status quo.

É uma era de novos empreendedores, enterrando a tendência ao imobilismo de quem vivia de facilidades.

As interações tecnológicas, econômicas e sociais trazidas por essas transformações geram choques e, consequentemente, fricções na sociedade.

Ou seja, novas fases da economia encontram resistência nas pessoas e nas instituições estabelecidas.

A percepção da chegada de uma onda de mudança provoca caos e contraditórios efeitos sociais em um primeiro momento, mas, em seguida, ajusta os pesos e gera resultados positivos por meio da regulação, da educação, de comportamentos sociais e de ideias.

Enquanto a Velha Economia trabalha para que cada transação seja sempre muito boa para a empresa e, no máximo, boa para o consumidor, a Nova Economia olha para uma longa jornada de mãos dadas com o cliente.

Transparência

Quando a transparência faz parte do dia a dia da empresa, não há dificuldade em fazer críticas respeitosas nem elogios públicos.

Eles são absolutamente necessários para criar referências e mostrar a todos como dar o próximo passo.

Gestores da Velha Economia costumam se esconder atrás de frases como “Essa geração tem muito mimimi” ou “Eles só fazem o que querem”, porque, na prática, têm muito medo ou limitações para compreender os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho.

 A questão não é apenas lidar com eles, mas sim exercer a humildade e se adaptar.

Novas gerações vão liderar a economia brasileira em algumas décadas.

Ter elas dentro da empresa a deixa mais preparada para o futuro. 

E os jovens precisam estar na mesa, com o poder de influenciar.

Manter eles longe no sistema de comando e controle certamente não funciona mais.

É fato que, no início, o uso da transparência intensa provoca estresse.

Muitos pensam que serão demitidos ao descobrir em si falhas até então nunca apontadas. 

Depois de alguns meses, porém, o resultado aparece.

Funciona como exercício físico.

Quem vai para a academia malha durante um, dois, três meses sentindo dores, sem quase nenhum retorno. 

Até notar uma mudança aqui, outra ali.

Passado algum tempo, está totalmente diferente.

No trabalho, as pessoas entram numa jornada de desenvolvimento e não param mais, a evolução da carreira é o efeito visível.

Modelo de negócio

Estabelecer um conceito único sobre o que vem a ser modelo de negócio está longe de ser tarefa simples.

Tradicionalmente, dizemos que ele descreve a lógica da criação, entrega e captura de valor por uma empresa…

O que, para o propósito do que vamos abordar aqui, pode ser traduzido pelo desenho lógico da organização do negócio, aquele que possibilita ao empreendedor encontrar a oportunidade que está buscando. 

Em última instância, é a forma escolhida para alocar os recursos da empresa, a fim de que ela possa efetivamente entregar determinado produto ou serviço.

Entretanto, de nada adianta discutir modelo de negócio sem entender o conceito de estratégia, que é o mais importante de elucidar neste primeiro momento. 

Apesar de ser uma palavra amplamente utilizada, é muito comum ver acionistas e executivos usando essa palavra como exemplo de “vital”, “importante” e “longo prazo”. 

Diferente de missão, visão, objetivos, prioridades e planos, estratégia é resultado de escolhas sobre onde atuar, como vencer para gerar valor, e maximizá-lo no longo prazo.

Portanto, a estratégia precisa ser encarada como as escolhas que alguém faz para atingir um desempenho muito alto, envolvendo alternativas que implicam o que fazer versus o que não fazer. 

Estratégia envolve decisões não frequentes, difíceis de reverter, relacionadas à competição e com consequências relevantes.

De maneira bem simples, podemos dizer que a estratégia é definida pela escolha, dentre as opções possíveis (e até impossíveis), de como ir de um ponto A para um ponto B. 

O caminho escolhido, entre várias opções, vai depender fundamentalmente da visão estabelecida de antemão.

Novos formatos de estrutura organizacional

A estrutura organizacional precisa ser dimensionada em novos formatos para uma empresa prosperar na Nova Economia, mas isso não basta.

Equipes estimuladas a criar e a se posicionar impulsionam as organizações e constituem seu principal ativo.

É impossível pensar em ecossistema e rede de colaboração sem ir a fundo na instituição de novas relações de trabalho.

O emprego seguro e estável, acompanhado de segmentação hierárquica da remuneração, com pacote de benefícios rígidos e não inclusivos, já não faz mais sentido.

O mérito das ideias se impõe e com ele a alta mobilidade interna, bem como as stock options – planos de oferta de ações oferecidos pela empresa ao colaborador, que entram como componente importante, compartilhando a propriedade da companhia.

As equipes precisam cada vez menos do tradicional sindicato para ter voz, pois o diálogo fica muito mais direto.

Quanto aos benefícios, destaque para a flexibilidade na escolha, para que todos cuidem da gestão dos recursos de maneira criteriosa, ajustando eles para sua realidade…, e não recebendo um pacote padrão como se todas as pessoas tivessem a mesma vida.

Em nossos tempos, nenhuma empresa, por mais que tenha um DNA atrelado à Velha Economia, vai negar a disposição de fomentar uma cultura mais participativa, colaborativa e horizontal.

No discurso, todas querem ser mais ágeis, menos engessadas. A diferença é que algumas realmente tentam, outras não.

Para quem é esse livro?

O livro Nova Economia é voltado para dois tipos de pessoas:

1- Para os jovens, que ainda sofre uma grande influência tradicional, totalmente avessa ao risco;

2- Para os donos de empresas, que deveriam deixar de ser empresários para se tornarem empreendedores.

Frase de camiseta

“Na Nova Economia não se pede licença, mas sim desculpa. Se assim não for, ninguém vai tentar, ninguém vai ousar” (Diego Barreto)

Desafio Prático

O desafio que temos para você agora está relacionado com o conceito de estratégia.

De maneira bem simples, podemos dizer que a estratégia é definida pelas escolhas possíveis (e impossíveis) de ir de um ponto A para o B.

Então, reflita:

Onde seu empreendimento estará daqui a algum tempo?

Para este exercício, vamos considerar 3 anos.

Pegue uma caneta, papel ou bloco de notas digital e escreva “Daqui a 3 anos, eu quero que meu negócio …. “.

Faça uma lista de características, métricas (OKRs, KPIs etc.) para daqui a 3 anos.

Inclua tudo aquilo que irá lhe ajudar a identificar a saúde do seu negócio e, principalmente, ter uma visão da definição de sucesso para a sua empresa.

Alguns exemplos de perguntas são:

  • Qual é o faturamento que você quer que o seu negócio tenha daqui a 3 anos?
  • Quantos clientes você quer estar atendendo?
  • Quanto funcionários você acha que terá daqui a 3 anos?
  • Quantos contratos fechados?
  • Quantos perfis criados?
  • Quantas visitas diárias em seu site?
  • Qual é o NPS que você acha que o seu negócio terá?
  • Quanto será o custo de aquisição por cliente?

O grande poder de definir onde você quer chegar é que, além de ficar tudo mais claro, você terá mais capacidade cognitiva e foco para descobrir o caminho que irá percorrer até chegar lá.

Esse caminho é a estratégia.

Esse resumo substitui a leitura do livro “Nova Economia”

Não queremos que você deixe a leitura do livro de lado.

Além de escutar este podcast com o resumo do livro, recomendamos que você leia a obra “Nova Economia” na íntegra.

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