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Será que humanos não melhorados serão complemente inúteis em um futuro próximo?
Será que o livre-arbítrio é uma grande mentira?
Entenda mais sobre esse e outros pontos de vista controversos do professor Yuval Noah Harari sobre o futuro da humanidade nesta parte final sobre o livro “Homo Deus“.
Perdeu a primeira parte? OUÇA aqui!
E não deixe de escutar a parte BÔNUS que fizemos, com um debate muito legal sobre o livro:
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O que você vai aprender nesse episódio
- Por que as profecias são inúteis?
- Ideia central do livro na opinião dos apresentadores e do convidado
- Como a ciência provou que o livre-arbítrio não existe
- Qual a diferença entre consciência e inteligência?
- Como a inteligência artificial te conhece melhor do que você mesmo?
- O perigo do poder dos algoritmos em mãos erradas
- O que é dataísmo?
- Quem está por trás dos algoritmos?
- Por que os humanos são “divíduos”, e não indivíduos?
- Será que devemos trocar o nosso algoritmo?
- Quem é o “eu” da narrativa e o “eu” da experiência?
- Como muitas pessoas ficam presas dentro de suas narrativas?
- Quem serão os humanos melhorados do futuro?
- Quais empregos deixarão de existir nos próximos anos?
- Frases do livro para colocar em um outdoor
- Desafio para o ouvinte
Para quem é esse livro?
Essa parte final do livro para quem acredita que o livre-arbítrio existe, para quem está preocupado se os robôs irão ou não tomar o lugar dos humanos no mercado de trabalho e para quem quer saber mais sobre biohacking.
Também é pra quem quer entender a relação que vai querer ter com as melhorias tecnológicas que vão surgir.
Vale a pena aderir tudo e eventualmente perder a identidade do homo sapiens? Ou temos que ter cuidado para manter a essência da nossa espécie?
Essa parte do livro te entrega isso e muito mais!
5 ESTALOS do livro
Selecionamos 5 ideias do best-seller Homo Deus que você vai escutar nesse episódio:
#1 ideia central
Como organismos são algoritmos, é bem provável que a biotecnologia e a inteligência artificial acabem jogando o humanismo para escanteio.
Humanos não melhorados serão completamente inúteis.
A parte final desse livro também se dedica em sua totalidade a responder a seguinte pergunta: Vale a pena permitir que inteligências artificiais substituam as mais variadas funções humanas?
Algoritmos não conscientes mas altamente inteligentes poderão, em breve, nos conhecer melhor do que nós mesmos?
#2 Você não escolhe suas vontades
Hoje, podemos usar scanners de cérebro para adivinhar os desejos e as decisões das pessoas bem antes de elas terem consciência disso.
Nossa crença no livre-arbítrio é resultado de uma lógica defeituosa.
O Harari diz que o livre-arbítrio só existe em histórias imaginárias inventadas pelos humanos.
Em um experimento, pessoas são postas dentro de um enorme scanner de cérebro tendo em cada mão um interruptor.
Elas são orientadas a apertar um dos dois interruptores, se tiverem vontade.
Os cientistas, observando a atividade neural no cérebro, podem prever qual dos interruptores será pressionado bem antes de a pessoa ter consciência da sua intenção.
Eventos neurais no cérebro indicam que a decisão começa — de algumas centenas de milissegundos a alguns segundos — antes que se tenha consciência da escolha.
A decisão de apertar o interruptor da direita ou o da esquerda com certeza refletiu uma escolha. Mas não foi uma livre escolha.
Quando uma reação em cadeia bioquímica te faz querer apertar o interruptor da direita, você sente que realmente quer apertar o interruptor da direita.
E isso é verdade. De fato você quer apertá-lo.
Mas as pessoas chegam equivocadamente à conclusão de que, se você quer apertá-lo, é porque escolheu querer isso.
Isso é falso.
Você não escolhe suas vontades. Você apenas as sente e age de acordo.
#3 Existe livre-arbítrio?
Uma das premissas mais importantes do homem liberal humanista é de que todo ser humano tem direito a liberdade.
Mas será que somos livres mesmo?
É compreensível acharmos que sim.
Afinal, achamos que queremos o que queremos.
Mas o que queremos não é livre de influências. O que queremos é resultado de algorítimos. E esses algorítimos são resultados de narrativas inventadas ao longo do tempo e adaptadas e herdadas por nós.
Chegar em um bar e pedir uma cerveja no fim de semana.
Pode parecer um dos atos mais libertinos que uma pessoa pode exercer. Mas repara: fim-de-semana é uma invenção.
Você decidiu beber no sábado e não na segunda porque acredita em um sistema que um dia foi inventado.
E a cerveja, será que você realmente gosta do sabor amargo ou que pede porque a associa com os comerciais que viu na TV que prometem diversão com os amigos?
E aí, você ainda acha que é livre?
#4 Manipulando nossos circuitos elétricos cerebrais
Se organismos realmente carecem de liberdade para agir, então quer dizer que poderíamos manipular e até mesmo controlar nossos desejos utilizando drogas, engenharia genética ou estimulação cerebral direta.
Experimentos realizados indicam que, assim como os ratos, humanos também podem ser manipulados.
É possível criar ou eliminar sentimentos como amor, raiva, medo e depressão, estimulando os pontos certos no cérebro.
No Hospital Hadassah, em Jerusalém, médicos foram pioneiros em um tratamento inovador para pacientes que sofrem de depressão aguda.
Eles implantaram eletrodos no cérebro do paciente e os conectaram a um minúsculo computador introduzido no peito do paciente.
Ao receber um comando do computador, os eletrodos utilizam correntes elétricas fracas para paralisar a área do cérebro responsável pela depressão.
O tratamento nem sempre é bem-sucedido, mas em alguns casos os pacientes relataram que o sentimento de vazio escuro que os atormentava havia desaparecido como que por magia.
As pessoas poderiam muito bem manipular seus circuitos elétricos cerebrais para alcançar seus objetivos, como estudar e trabalhar com mais eficácia, aproveitar melhor os hobbies e ser capaz de se concentrar no que interessa em cada momento, seja matemática ou futebol.
Você quer dominar o piano, mas toda vez que chega a hora de praticar você quer na verdade assistir televisão? Sem problema: apenas ponha o capacete, instale o software adequado, e logo estará doido para tocar piano.
O único e autêntico eu é tão real quanto a alma eterna cristã, Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa.
#5 Humanos não melhorados serão completamente inúteis
O que os humanos conscientes farão quando tivermos algoritmos não conscientes e mais inteligentes para fazer quase tudo melhor?
As experiências conscientes de um taxista de carne e osso são infinitamente mais ricas do que as de um carro autônomo, que não sente absolutamente nada.
O taxista pode curtir uma música no carro, sua mente pode se expandir quando ele olha para o céu, estrelas etc., Seus olhos podem se encher de lágrimas de alegria ao ver sua filhinha dar os primeiros passos.
Contudo, o sistema não precisa que um taxista faça tais coisas.
Tudo o que realmente importa é levar passageiros do ponto A para o ponto B rapidamente, com segurança e ao menor custo possível.
E o carro autônomo em breve estará apto a se sair muito melhor do que o motorista humano, mesmo que não seja capaz de curtir uma música ou de ficar extasiado com a magia da existência.
É por isso que alguns economistas estão dizendo que, cedo ou tarde, humanos não melhorados serão completamente inúteis.
O problema crucial não é criar novos empregos. É criar novos empregos nos quais o desempenho dos humanos seja melhor que o dos algoritmos.
Como os algoritmos estão tirando os humanos do mercado de trabalho, a riqueza e o poder poderão se concentrar nas mãos da minúscula elite que é proprietária desses algoritmos todo-poderosos, criando uma desigualdade social e política jamais vista.
Frases do livro para colocar em um outdoor
“Ideias só mudam o mundo quando mudam nosso comportamento”
“O eu da narrativa é mais forte do que o eu da experiência”
“Pra sempre não raro significa não mais que uma década ou duas”
Desafio para o ouvinte
Na próxima vez em que um pensamento surgir na sua cabeça, pare e pergunte a si mesmo: “Por que me ocorreu este pensamento específico?
Será que eu decidi um minuto atrás ter esse pensamento, e só então o pensei?
Ou ele simplesmente surgiu na minha cabeça, sem minha permissão ou instrução?
Se realmente sou o senhor de meus pensamentos e minhas decisões, posso
decidir não pensar sobre absolutamente nada durante os próximos sessenta
segundos?.
Tente isso e veja o que acontece.
Quem é Yuval Noah Harari?
Yuval Noah Harari é historiador, filósofo e professor de História na Universidade Hebraica de Jerusalém.
Além de Homo Deus, Harari também é autor dos best-sellers Sapiens e 21 Lições Para o Século XXI.
Esse podcast substitui a leitura do livro Homo Deus?
Não queremos que você deixe a leitura do livro de lado.
Além de escutar este podcast com o resumo, recomendamos que você leia o best-seller Homo Deus na íntegra.
Use o ResumoCast como uma espécie de curadoria do próximo livro que você vai ler! É o que a maioria dos nossos ouvintes fazem.
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