Garra - Resumo do livro de Angela Duckworth

O segredo para grandes realizações não é o talento, mas sim uma mistura de paixão e perseverança.

A psicóloga e autora, Angela Duckworth, chama isso de “garra”.

Nada mais é do que a capacidade de perseverar e produzir resultados além do puro talento, da sorte ou das eventuais derrotas.

Em ”Garra”, ela cita o caso dos cadetes que se esforçam em seus primeiros dias na Academia Militar de West Point e de professores que trabalham nas escolas mais difíceis de lecionar dos Estados Unidos.

Destaca conceitos e insights fascinantes buscados tanto na história quanto nos mais modernos experimentos sobre alta performance e, finalmente, compartilha com o leitor o que aprendeu ao entrevistar dezenas de pessoas bem-sucedidas nos mais diversos campos de atuação: do CEO do J. P. Morgan a um cartunista da The New Yorker e um treinador da National Football League, entre outros.

Pessoal e inspirador, capaz de transformar vidas, Garra é um livro sobre o que se passa na cabeça das pessoas durante as derrotas e como isso — não o talento ou a sorte — pode fazer toda a diferença.

Ouça o resumo completo do livro “Garra” no player acima e tenha bons aprendizados!

Você também pode escutar o ResumoCast no Spotify, Apple Podcasts, YouTube ou em qualquer agregador de podcasts da sua preferência.

Sobre o livro Garra

A obra Garra foi publicada originalmente em 2016 e demonstra para pais, estudantes, educadores, atletas e empreendedores que “garra” é a capacidade de perseverar e produzir resultados além do puro talento, da sorte ou das eventuais derrotas.

A autora é Angela Duckworth, professora de psicologia na Universidade da Pensilvânia já atuou como conselheira na Casa Branca, no Banco Mundial, em times da NBA e entre CEOs listados na Fortune 500.

Bacharel em neurobiologia por Harvard, mestre em neurociência pela Oxford University e ph.D. em psicologia pela Universidade da Pensilvânia, é fundadora e diretora científica do Caracter Lab, ONG cuja missão é estudar e disseminar a ciência e a prática do desenvolvimento da personalidade da criança.

Ideia Central

A mensagem central do livro “Garra” é nos ajudar a quebrar um paradigma que a maioria das pessoas tem, de que o talento prevalece sobre o trabalho duro.

A autora demonstra através de várias pesquisas que o trabalho e o esforço bem empregado superam em duas vezes o talento ou a habilidade.

Inclusive, no livro tem uma fórmula matemática: talento X esforço = habilidade

E essa habilidade, reforçado ao o esforço, vai te levar ao sucesso.

O talento não é a pré-determinação para o sucesso, mas sim o esforço bem empregado + a determinação.

A paixão por aquilo que se faz que vai te levar a algum sucesso e alcançar resultados superiores.

Como começar a ter garra

A autora relata que quase todos os dias recebe e-mails e cartas de pessoas que gostariam de ter mais garra.

Lamentam que nunca tenham se dedicado a alguma atividade a ponto de se tornarem referências nela.

Consideram que desperdiçaram seu talento.

Anseiam desesperadamente por uma meta de longo prazo, uma meta pela qual lutarão com paixão e perseverança.

Mas ninguém sabe por onde começar.

Um bom ponto de partida é prestar atenção em como você é agora.

Se você não tem tanta garra quanto deseja, pergunte a si mesmo o porquê disso.

Algumas respostas podem ser:

“Acho que sou preguiçoso mesmo.”

Outra: “Sou um irresponsável.”

Ou: “Sou incapaz de me ater às coisas.”

Mas todas essas respostas possivelmente estão erradas.

Na verdade, quando as pessoas abandonam alguma coisa, há uma razão para isso.

Quer dizer, há várias razões.

Qualquer uma das quatro ideias abaixo podem passar por sua cabeça logo antes de você abandonar o que está fazendo:

Estou entediado.
O esforço não vale a pena.
Não é importante para mim.
Como não consigo entregar resultados, é melhor desistir mesmo.

Não há nada errado com essas ideias, seja do ponto de vista moral ou qualquer outro.

Pessoas com garra também abandonam metas.

Contudo, quanto mais alto for o nível da meta em questão, mais se obstinam em concretizá-las.

O mais importante é que essas com muita garra não mudam de bússola quando se trata da meta suprema, de máxima importância, que norteia quase tudo o que elas fazem, as pessoas com muita garra tendem a não pronunciar as frases acima.

4 recursos que os indivíduos com garra têm em comum

Lembra das frustrações das pessoas que perderam a sua garra?

Estou entediado.
O esforço não vale a pena.
Não é importante para mim.
Como não consigo entregar resultados, é melhor desistir mesmo.

Pois a garra é uma escolha e pode ser cultivada de dentro para fora através de quatro recursos psicológicos que os indivíduos maduros com garra têm em comum.

Eles neutralizam cada um das frustrações “estraga-prazeres” mencionadas acima e tendem a se desenvolver, ao longo dos anos, numa determinada ordem.

Em primeiro lugar, surge o interesse

A paixão começa quando a pessoa gosta intrinsecamente do que faz.

Todas as pessoas determinadas são capazes de apontar aspectos de sua atividade que apreciam menos do que outros, e a maioria precisa tolerar ao menos uma ou duas tarefas que de fato não lhes agradam.

No entanto, se encantam pela atividade como um todo e a consideram importante.

Com uma fascinação constante e uma curiosidade infantil, essas pessoas praticamente gritam: “Eu adoro o que faço!”

Em seguida, vem a capacidade de praticar

É uma disciplina diária de tentarmos fazer uma coisa hoje melhor do que fizemos ontem.

Por isso, depois de ter descoberto e se interessado por uma determinada área, você deve se dedicar à prática concentrada e devotada que leva à maestria.

Você deve focar nas suas deficiências e corrigi-las sem parar, durante horas por dia, durante semanas, meses e anos.

Ter garra é nunca se dar por satisfeito.

“Não importa o que for preciso, tenho que melhorar!”

Este é o lema de todos os modelos de garra, qualquer que seja sua atividade e mesmo que já sejam mestres no que fazem.

O terceiro recurso é o propósito

O que faz a paixão amadurecer é a convicção de que seu trabalho é importante.

Para a maior parte das pessoas, é quase impossível manter por toda vida o interesse por uma coisa sem propósito.

Por isso, é imperativo que você veja sua atividade como interessante para você e, ao mesmo tempo, ligada ao bem-estar dos outros.

Para algumas pessoas, um senso de propósito surge cedo.

Entretanto, para muitos o propósito de servir aos demais se fortalece depois do surgimento do interesse e de anos de prática disciplinada.

Pessoas com garra plenamente amadurecida costumam dizer:

“Meu trabalho é importante tanto para mim quanto para os outros”

Por fim, temos a esperança

É uma espécie de perseverança que enfrenta as adversidades.

A esperança não é o estágio final da determinação.

Ela está em todos os estágios.

Desde o primeiro até o último momento, é de vital importância aprender a ir em frente mesmo em face de dificuldades, mesmo quando temos dúvidas.

Em vários momentos, de forma drástica ou suave, nós fracassamos.

Se nos prostrarmos, a garra perde.

Se nos erguermos, ela triunfa.

Se não podemos ser Einstein, vale a pena estudar física?

A autora relata que muitas pessoas lhe perguntam se incentivar a garra não constitui um desserviço às crianças, ao fixar expectativas altas demais.

Ela relata que frequentemente escuta a frase:

“Cuidado, dra. Duckworth, ou muitas crianças vão crescer achando que podem ser um Usain Bolt, um Wolfgang Mozart ou um Albert Einstein.”

Se não podemos ser Einstein, vale a pena estudar física?

Se não podemos ser Usain Bolt, para que dar uma corrida de manhã?

Adianta alguma coisa tentar correr um pouco mais depressa ou uma distância um pouco maior do que ontem?

Mas a realidade é que essas perguntas são absurdas.

Angela conta que se a sua filha lhe disser: “Mamãe, não vou estudar piano hoje porque eu nunca vou ser Mozart”, sua resposta será: “Você não está estudando piano para ser Mozart.”

Todos nós temos limites, não só em relação a talento, mas também no que se refere a oportunidades.

Entretanto, com mais frequência do que pensamos, nós mesmos nos impomos essas limitações.

Tentamos, fracassamos e concluímos que fizemos o nosso máximo absoluto.

Ou, talvez, depois de dar apenas alguns passos, mudamos de direção.

Nos dois casos, nunca vamos até onde poderíamos ter chegado.

Ter garra é não deixar de pôr um pé diante do outro.

Ter garra é buscar uma meta interessante e significativa.

Ter garra é se dedicar, dia e noite, semana após semana, durante anos a fio, a uma atividade desafiadora.

Ter garra é cair sete vezes e levantar oito.

Como aumentar a Garra

Existem duas formas de aumentar a Garra.

A primeira é por conta própria, “de dentro para fora”.

Pode cultivar seus interesses.

Pode adquirir o hábito de praticar todos os dias a superação de dificuldades.

Pode ligar seu trabalho a um objetivo que vai além de você mesmo, e pode aprender a manter a esperança quando tudo parece estar perdido.

A segunda forma de desenvolver sua garra é “de fora para dentro”.

Aumentar sua garra pessoal depende criticamente de outras pessoas — pais, orientadores, professores, chefes, mentores, amigos.

A decisão de ocupar as chamadas arenas da garra é pessoal e deve ser proativa.

Já escutou aquele clichê: “Você é a média das 5 pessoas com que mais se relaciona?”

Pois é, essas pessoas são sinceras com você?

São transparentes, apontam os seus pontos fracos?

Ajudam a enxergar os obstáculos que podem levar ao aprimoramento?

Ou são pessoas complacentes e negligentes que acham que a melhor forma de ajudar é escondendo a verdade?

Você pode escolher frequentar ambientes desafiadores e de crescimento.

Não precisa ser um desafio radical.

Pode ser gradual.

Você pode arquitetar o seu ambiente, rotina e projetos para deliberadamente ser mais desafiado.

Não corra das dificuldades.

Quando o seu trabalho está fácil demais; quando você está cercado somente de pessoas que concordam com tudo; quando a sua rotina já está decorada; é hora de cultivar a garra de fora para dentro de maneira proativa.

Para Quem é Esse livro?

O livro “Garra” é indicado para todos aqueles que sentem que poderiam alcançar um certo sucesso, mas estão estagnadas no momento por não acreditarem que elas conseguem dar a volta por cima.

Também é indicado para todas as pessoas que querem desenvolver a sua vida pessoal e profissional, ou queiram liderar equipes, motivar pessoas a desenvolverem garra em si e nas outras pessoas.

Frase de camiseta

“Sem esforço, seu talento nada mais é do que um potencial desperdiçado. Sem esforço, sua habilidade nada mais é do que você poderia ter feito, mas não fez.”

Desafio

Vamos para o teste que a própria autora criou para identificar a existência ou a falta de garra nas pessoas.

O livro traz dez afirmações.

Pense se você concorda ou não concorda com cada uma delas.

Algumas dessas perguntas estão relacionadas com paixão, outras com perseverança, que são as duas dimensões da garra.

Vale lembrar que esse teste foi aplicado, por exemplo, nos cadetes de West Point, uma das academias militares mais rígidas do mundo.

Esse teste conseguiu prever com um nível de precisão muito alto quais seriam os cadetes que iriam conseguir se formar.

Então, vamos ao teste de uma forma simplificada.

Para cada uma das afirmações abaixo, dê notas de 1 a 5, de acordo com as orientações abaixo.

Afirmação 1: Novas ideias de novos projetos me distraem dos anteriores

Dê a nota 5 se você acha que não tem nada a ver com você, ou a nota 1 se tem totalmente a ver com você.