Abrir um negócio, fracassar e não tentar novamente.
Essa é alternativa mais comum entre os empreendedores.
Mas o que fica difícil de explicar é que grandes e renomados nomes de sucesso do empreendedorismo fracassaram várias vezes antes de atingir o sucesso em seus empreendimentos.
Segundo a autora Isabela Minatel, as crianças até os 6 anos aprendem comportamentos que podem ajuda-las a terem uma vida saudável, feliz e empreendedora.
Ouça o resumo completo do livro ” Crianças Sem Limites” no player acima e tenha bons aprendizados!
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Sobre o livro Crianças Sem Limites
O livro “Crianças Sem Limites” foi publicado em 2019.
A autora é a especialista em psicopedagogia, Isabela Minatel.
A obra mostra uma alternativa para orientar sem destruir, para direcionar sem corromper, para educar com o grande objetivo de potencializar ao máximo a essência de cada criança através da educação empreendedora.
Ideia central
Crianças Sem Limites tem como ideia central trazer a possibilidade de educar uma criança para que ela seja socialmente adequada.
Que ela saiba se portar nos mais variadas ambientes em que ela for frequentar na sua vida dentro da sociedade, sem perder a sua potência, sem perder a sua espontaneidade, sem perder a sua graça, seja ela qual for.
10 comportamentos empreendedores
Buscando entender o que justificava os melhores resultados de determinado grupo de pessoas, o pesquisador David McClelland, em The Achieving Society, chegou a um conjunto de dez características de comportamentos empreendedores.
Se estimuladas desde a infância, essas atitudes podem contribuir para que os cidadãos tenham mais chance de sucesso em suas empreitadas e contem com mais recursos internos para se sair bem em diversas circunstâncias.
As características são descritas a seguir:
#1 Estabelecimento de metas
Implica autoconhecimento e pode ajudar a pessoa a ter mais facilidade no processo de tomada de decisão, por exemplo, a escolha de sua profissão.
#2 Planejamento e monitoramento sistemático
Para que trace o caminho que pretende cursar e alcance as metas estabelecidas, podendo rever o plano sempre que os resultados não estiverem a contento ou que houver mudanças circunstanciais.
#3 Busca de informações
Para que se ocupe de buscar informações úteis e relevantes – ainda mais com a quantidade de informações disponíveis na internet hoje, cujo acesso está tão facilitado – ligadas às suas metas, de modo a saber agir, dia após dia, em busca do que almeja.
Busca de oportunidade e iniciativa: ser criativo e inovador, trabalhando com o pensamento divergente na busca por soluções de problemas.
Que consiga olhar para as mesmas coisas e situações e encontrar usos e aplicações diferentes e exclusivos.
Exigência de qualidade e eficiência: implica sempre buscar melhores maneiras de se fazer as coisas, poupando recursos, otimizando processos e, com isso, potencializando os resultados.
#4 Correr riscos calculados
Ser hábil em prever os riscos que cada situação apresenta, cauteloso para avaliá-los, minimizando-os ao máximo, e corajoso para enfrentá-los quando julgar ser esta a melhor decisão.
#7 Persistência
A fim de que possa lidar com as adversidades que surgirão pelo caminho de forma a sempre se firmar no objetivo maior que pretende alcançar.
Agir como um curso d’água que, diante de um obstáculo, não para, apenas desvia, encobre, arrasta.
#8 Comprometimento
Resgatar o valor de uma palavra dada, de um acordo fechado, do nome envolvido.
Abrir mão até sem o lucro estipulado, se algo der errado, mas cumprindo com o que prometeu ou assumindo a melhor postura para dialogar quando o cumprimento de um acordo não se fizer possível por qualquer razão.
#9 Persuasão e rede de contatos
Buscar comunicar-se bem, com clareza e humildade, conseguindo atrair seguidores das suas ideias para ampliar sua zona de atuação e seu poder de produzir resultado.
Cercar-se de uma rede, descobrindo o potencial que a união de pessoas com objetivos em comum pode proporcionar e a quantidade de portas que se podem abrir a partir das redes.
#10 Independência e autoconfiança
Não precisar das afirmações e aprovações de terceiros na sua caminhada em busca de seus objetivos, mas fazer algo por si mesmo, tendo certeza, dentro de si, sobre as decisões a serem tomadas e as escolhas a serem feitas.
E ser seguro o suficiente para poder ouvir os outros e mudar de opinião após avaliações de argumentos coerentes.
Estimulando e educando para que tais características comportamentais estejam presentes em nossas crianças, trabalharemos para a construção de cidadãos mais conscientes do seu poder de transformação e mudança da realidade.
Os casos que serão apresentados nesta obra são exemplos de intervenções nas quais se buscou educar não pela punição e castigo – métodos com os quais se poda também a curiosidade, iniciativa, meta e poder de tomar decisões e que desestimula todos os comportamentos empreendedores apresentados –, mas pela orientação, pelo diálogo, preservando e incentivando cada vez mais as características do comportamento empreendedor.
É possível mudar o estilo de educação no meio do caminho?
No livro, a autora trás um alerta:
Se você for começar a usar essas técnicas com sua criança depois que ela já estiver vivendo outra forma de educação, terá de ter paciência e persistência para que possa se adaptar.
Ao contrário do que a maioria das pessoas esperaria, não punir, não repreender, não gritar e não reprovar têm se mostrado extremamente eficaz em proporcionar um convívio pacífico e disciplinado.
Não encarar o erro como uma transgressão a ser punida ou castigada, não invalidar ou reprovar comportamentos equivocados, mas enxergar o erro como um simples comportamento que precisa de direcionamento tem sido um pilar de sustentação importante deste método.
A autora relata que passou por duas situações recentes que impressionaram pela facilidade com que conseguiu lidar.
Deixa a criança brincar
Deixem suas crianças brincarem, brinquem com elas, estimulem cada vez mais brincadeiras saudáveis, que tragam à tona suas ideias, sua criatividade, exercite uma comunicação que privilegie o movimento.
E nunca, mas nunca diga a elas para pararem de perguntar “O porquê das coisas”.
Tudo isso contribui diretamente com as características de comportamento empreendedor de busca de oportunidades e iniciativa – já que para enxergar oportunidades, muitas vezes, é necessário olhar o comum e enxergar coisas novas ou ainda criar algo que ninguém nunca viu – e correr riscos calculados –
Assim, a criança vai percebendo os desafios que pode enfrentar e também vai tomando gosto por situações inusitadas, compreendendo até onde deve ir sem causar distúrbio a outras pessoas.
Se a criança começar a se sentir inconveniente e deslocada ao questionar e até mesmo causar polêmicas, ela vai deixar de acessar a parte do cérebro mais essencial para um ser humano auto confiante e feliz.
E muito provavelmente será escravizada mentalmente com facilidade por grupos, pessoas e narrativas.
Suas palavras influenciam…e muito
A autora conta que estava na sala de espera de um consultório aguardando o atendimento do filho quando viu um menininho olhando.
– Oi! – falei.
– Oi! – o menino respondeu.
– Que menino lindo! Como é o seu nome?
– Igor.
– Que nome bonito! E quantos anos você tem?
– Quatro – ele respondeu, mostrando os dedinhos.
– Nossa, você é muito lindo e inteligente! O menino ficou sorridente e a mãe entrou na conversa:
– Isso é porque você não conhece… Ele é terrível! – disse a mãe.
A feição do menino se transformou. Ele fez uma cara de terrível e explicou:
– Eu joguei o prato na professora.
Agora perceba, na cabeça da criança: “Se minha mãe diz que eu sou terrível e isso chama a atenção, é isso mesmo o que vou ser. Faço cara de terrível, faço coisas terríveis e depois conto isso aos outros, validando aquilo que minha mãe diz que eu sou”.
Muito cuidado, adultos, com o que dizem e pensam a respeito de suas crianças, criar narrativas para desabafar as suas próprias frustrações é uma forma de se vitimizar.
Colocar a culpa dos seus problemas nas suas crianças pode lhe trazer uma sensação momentânea de alívio, mas causa danos muito sérios, especialmente na primeira infância.
Elas precisam ser ajudadas a agir conforme o esperado, pois ainda não conseguem fazer isso sozinhas…
Esse é o nosso papel.
Para Quem é Esse livro?
Crianças Sem Limites foi escrito principalmente para pais.
Esse livro foi pensado na primeira infância, de 0 a 6 anos, mas surpreendentemente já tiveram relatos e depoimentos de pessoas que leram até com filhos de 18 anos.
Frase de camiseta
” Não encare o erro como uma transgressão a ser punida ou castigada”
Desafio
O nosso jeito não é o único, e nem o melhor.
A questão da expectativa dos pais em relação aos filhos é um assunto que, sem cuidado, pode chegar ao extremo de pessoas decidindo por faculdades que não se identificam apenas para atender à expectativa parental.
Mostrar decepção ou frustração quando as crianças não atendem às nossas expectativas pode fazê-las entender equivocadamente que, quando não fazem o que queremos, nosso amor por elas diminui.
Outra coisa que podemos pensar sobre este caso é:
Quão flexível eu sou? Ser flexível pode abrir as portas da comunicação com as crianças do meu convívio.
Ser flexível significa aceitar outras respostas para as situações propostas, mesmo que muito diferentes das respostas inicialmente imaginadas por mim.
Isso amplia também o meu conhecimento sobre aquela criança e o comportamento infantil.
Amassar e pisar nas bolinhas são alternativas que também correspondem à “exploração sensorial”, certo?
Seguem algumas perguntas que podem nos ajudar a abrir a mente.
Por que tem que ser assim?
Por que não pode ser de outro jeito?
Esse outro jeito tem a ver com os objetivos?
Isto pode ter outros objetivos?
Flexibilize-se, deixe suas crianças mais livres e sejam mais felizes.
Esse resumo substitui a leitura do livro “Crianças Sem Limites”
Não queremos que você deixe a leitura do livro de lado.
Além de escutar este podcast com o resumo do livro, recomendamos que você leia a obra “Crianças Sem Limites” na íntegra.
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