Conheça a história do Cainvest, banco responsável pela área internacional da maioria das instituições financeiras brasileiras 

Fundado em 2006 pela família Cohab e posteriormente, tendo como sócia a família Douer, o Grupo Cainvest, líder em serviços para instituições financeiras no centro financeiro de Cayman, tem suas origens em duas das mais tradicionais famílias do setor têxtil brasileiro. Ambos os patriarcas, Charles Cohab e Abraham Douer, são judeus emigrados da Síria na década de 1960. Cohab fundou, em 1961, a Trianon, empresa de fabricação de edredons que seria, anos depois, rebatizada de Trisoft, hoje a maior fabricante de poliéster da América Latina, fornecendo matérias-primas para a indústria calçadista, moveleira, de cama mesa e banho e de decoração. Douer, por sua vez, criou a Doutex, uma das maiores indústrias de fabricação de tecidos do Brasil e que seria, em 2001, adquirida pela Rosset.

Criados em um ambiente de famílias do setor industrial, eles decidiram migrar para o mercado financeiro. Charles Aboulafia, neto de Cohab, formado pela universidade de Wharton (EUA), atuou durante no Lehman Brothers antes de ajudar o avo na diversificação do Grupo. “A formação da sociedade e a escolha do setor financeiro foram caminhos naturais, por nossa formação acadêmica e origem familiar comum”, explica Aboulafia. “Essa vocação herdada de nossos avós para fazer negócios certamente tem influenciado, mesmo na área de finanças, nosso sucesso, seja no crescimento orgânico, seja nas fusões e aquisições que temos realizado”.

A instituição surgiu como uma family office da família Cohab, tendo, também, desde o início, o foco na prestação de serviços para instituições financeiras que atuam no centro financeiro do Caribe. E o crescimento das operações ocorreu rapidamente por meio de fusões e aquisições: em 2010, o grupo adquiriu, da família Larragoiti, o SulAmerica International Bank, ligado à seguradora brasileira. “A quase totalidade dos eurobônus emitidos por empresas e bancos brasileiros se dá por meio das subsidiárias no centro financeiro de Cayman”, explica Aboulafia. 

Em 2016, foi a vez do Dartley Bank, pertencente, então, ao grupo brasileiro Ourinvest. Mas a grande tacada ocorreu um ano antes, em 2015, com a aquisição do Intertrust Bank, então ligado à gestora Blackstone, operação que transformou a Cainvest em um banco que atende, de forma exclusiva, nada menos que 57 grandes instituições financeiras internacionais que possuem operação em Cayman, tais como American Express, Deutsche, Société Générale, Itaú e Mizuho, representando aproximadamente 60% do mercado bancário local. 

A operação mais recente ocorreu em setembro de 2021, com a aquisição do TBB Bank, de Porto Rico, um deal que abriu caminho para o grupo operar no cobiçado mercado de correspondente banking, operado por poucos players e regulado diretamente pelo Federal Reserve (FED), banco central americano, responsável por conceder autorizações para operar nesse segmento. Essas operações são realizadas, hoje, por cerca de 100 instituições financeiras no mundo todo (em geral, grandes bancos americanos comerciais), em um mercado que deve movimentar, em 2022, a gigantesca cifra de US$ 156 trilhões. Além do centro financeiro de Cayman, o grupo Cainvest possui operações em quatro países/territórios: Cayman Islands, British Virgin Islands, Bahamas e, agora, Porto Rico, operação que abre caminho para o mercado americano. 

O setor de atuação e até mesmo a área geográfica podem ter mudado. Mas a vocação para fazer negócios e para o crescimento seguem como uma espécie de herança de família.

Cainvest Bank and Trust (www.cainvest.com

TBB International Bank (www.tbbinternationalbank.com/

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