Tudo parece importante. Tudo parece urgente. Mas o que realmente precisa ser feito?
A resposta está nos OKRs.
Esse método de definição de metas é um dos elementos responsáveis pelo sucesso de empresas como Google, Samsung, Spotify, BMW e Disney, e pode ajudar sua empresa a crescer de forma exponencial também.
Conversamos com o Gustavo Ramos da Coblue sobre os principais ensinamentos do livro “Avalie o Que Importa” de John Doerr e como você pode dar os primeiros passos para implementar os OKRs em seu negócio.
OUÇA o resumo completo do livro 👇
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O que você vai aprender nesse episódio?
- Como o autor John Doerr conheceu os OKRs na Intel;
- O que são OKRs;
- Quais são os modelos de gestão mais comuns hoje em dia;
- Quais são as vantagens da metodologia OKR;
- Como surgiram os OKRs;
- Como o OKR funciona na prática;
- Exemplos reais de objetivos e resultados-chave dos OKRs;
- Quais são os 4 “superpoderes” dos OKRs;
- A importância do foco e comprometimento com as prioridades;
- Como é feito o alinhamento e conexão em prol do trabalho em equipe;
- Como fazer o acompanhamento das metas de cada um na equipe;
- Como os OKRs motivam a equipe a se esforçar por resultados surpreendentes;
- As duas cestas de OKRs utilizadas no Google;
- Qual é a relação de OKRs ambiciosos e inovação;
- Como os OKRs funcionam para equipes remotas;
- Por que é importante utilizar um software dedicado aos OKRs.
O que são OKRs?
OKR é uma sigla em inglês para Objectives and Key Results. Em português entendemos como Objetivos e Resultados-Chave.
Trata-se de uma metodologia colaborativa de definição de metas, e serve tanto para empresas e equipes como para uma pessoa só.
Os objetivos referem-se ao “O QUE” deve ser alcançado.
Os Resultados-Chave estabelecem e monitoram “COMO” chegamos ao objetivo.
Por ser elaborada de forma colaborativa, os OKRs ajudam a garantir que toda a empresa concentre seus esforços nas mesmas metas e nas questões mais importantes em toda a organização.
A simplicidade e a transparência dessa metodologia, assim como os seus efeitos de foco e motivação de equipes fez com que os OKRs se tornassem popular não só no Vale do Silício, mas em diversas empresas no mundo.
Algumas delas são: Google, Intel, Dropbox, LinkedIn, Oracle, Slack, Spotify, Twitter, BMW, Disney e Samsung. Até o vocalista Bono do U2 e a Fundação Bill & Melinda Gates são adeptos dos OKRs.
Um sistema OKR vincula metas bem definidas à missão mais ampla de uma equipe, e não é um sistema rígido.
Pelo contrário, os OKRs são feitos para se adaptarem às circunstâncias.
Também promove feedback e celebra as pequenas e as grandes vitórias da empresa.
E o mais importante: expande os nossos limites. OKRs bem definidos nos move a lutar por aquilo que parece estar além do nosso alcance.
Os 4 “superpoderes” dos OKRs
Ao longo do livro, o autor John Doerr lista e explica em detalhes quais são os 4 “superpoderes” dos OKRs e como eles funcionam na prática.
Vamos ver cada um deles:
Superpoder n° 1 — Foco e comprometimento com as prioridades
Toda empresa de alta performance se concentra no que realmente importa e são bem esclarecidas sobre o que não importa.
Menos é mais.
Como disse o ex-CEO da Intel e pai dos OKRs:
“Alguns poucos objetivos extremamente bem escolhidos transmitem uma mensagem clara ao que dizemos ‘sim’ e ao que dizemos ‘não’” — Andy Grove
Avaliar o que importa começa com a pergunta:
“Qual é a coisa mais importante para os próximos três (seis, ou doze) meses?”.
Um limite de três a cinco OKRs por ciclo leva à escolha do que mais importa. Cada objetivo deve estar vinculado a, no máximo, cinco resultados-chave.
O segredo aqui é definir metas de baixo para cima na hierarquia da empresa.
Equipes e colaboradores que criam aproximadamente metade de seus próprios OKRs — em consulta com seus gestores — têm mais engajamento e motivação.
Superpoder n° 2 — Alinhamento e conexão em prol do trabalho em equipe
Se você colocar duas pessoas em um barco e uma remar para o leste e outra para o oeste, elas vão gastar muita energia sem sair do lugar.
Estudos recentes apontam que apenas 7% dos colaboradores entendem as estratégias de negócios da empresa e o que se espera deles para atingir as metas.
CEOs ao redor do mundo não cansam de dizer que a falta de transparência e de alinhamento são os principais obstáculos de estratégia e execução.
No dia a dia, tudo parece importante. Tudo parece urgente. Mas o que realmente precisa ser feito?
A resposta está em OKRs focados e transparentes.
No Google, por exemplo, todos podem ver os Objetivos e Resultados-Chave de todos, inclusive dos grandes gestores e do CEO.
Todos conseguem ver o que está acontecendo. Isso sim é transparência, e gera maior engajamento.
Superpoder n° 3 — O acompanhamento da responsabilidade
Ao contrário do que acontece em muitas empresas tradicionais, que definem metas e acabam deixando elas guardadas na gaveta, os OKRs são como organismos vivos.
Eles podem ser acompanhados e depois revistos ou adaptados ao longo do caminho.
OKRs não exigem um acompanhamento diário. No entanto, check-ins regulares — preferencialmente semanais — são essenciais para evitar qualquer tipo de desvio.
Em um feito estudo na Califórnia, colaboradores que registraram suas metas e enviaram relatórios de progresso semanais para um colega atingiram 43% mais de seus objetivos do que aquelas que simplesmente pensaram nas metas, mas não compartilharam com ninguém.
Para gerar melhores resultados, os OKRs costumam ser examinados várias vezes por trimestre pelos colaboradores e seus gestores.
O progresso é relatado, os obstáculos são identificados e os resultados-chave são refinados.
Superpoder n° 4 — O esforço pelo surpreendente
O maior risco de todos é não assumir riscos.
Objetivos conservadores impedem a inovação, e empresas que não inovam acabam desaparecendo do mapa.
Os Resultados-Chave de um OKR bem elaborado nos empurra para muito além da nossa zona de conforto.
Estudos indicam que, embora os indivíduos com metas muito difíceis atinjam seus objetivos com menos frequência do que aqueles com metas fáceis, eles apresentam um nível de desempenho mais alto do que os outros.
Ou seja, quanto mais difíceis são as metas, maior será o nível de desempenho de cada um na equipe.
As duas cestas do sistema OKR
O Google divide seus OKRs em duas categorias: compromissados e ambiciosos.
Os OKRs compromissados estão vinculados às métricas do Google, como lançamentos de produtos, reservas, contratações e clientes.
Todos eles devem ser 100% alcançados dentro de um prazo bem definido.
Por outro lado, os OKRs ambiciosos refletem ideias de maior dimensão, maior risco. Eles são mais inclinados para o futuro.
Geralmente, os OKRs ambiciosos têm 60% a 70% de sucesso.
Durante o desenvolvimento do Gmail, os líderes do Google consideraram oferecer 100MB de armazenamento, o que era uma evolução enorme.
Mas em 2004, quando o produto foi oficialmente lançado, o Gmail oferecia 1GB de armazenamento. Era até 500 vezes mais espaço do que a concorrência.
A comunicação digital mudou para sempre desde então.
O Gmail não melhorou apenas os sistemas existentes. Ele reinventou essa categoria de serviço e forçou os concorrentes a se reinventarem para aumentarem sua oferta.
Isso sim é um objetivo desafiador.
Segundo Larry Page — um dos fundadores do Google —, uma melhoria de 10% significa que você está fazendo a mesma coisa que todos os outros.
É por isso que ele espera que seus colaboradores criem produtos e serviços dez vezes melhores do que a concorrência.
Esse 1.000% de melhoria exige repensar problemas, explorar o que é tecnicamente possível e se divertir no processo.
Quem é John Doerr?
John Doerr é presidente da Kleiner Perkins (KPCB), empresa que atua no mercado de investimento de capital de risco.
Ele apoiou grandes empresas em seus inícios, como o Google e Amazon.
Além disso, ele é bastante conhecido por ter feito parte do conselho que trabalhou para o governo dos Estados Unidos na elaboração de estratégias de recuperação após a crise econômica de 2008.
John Doerr está entre os homens mais ricos do mundo — segundo a Forbes 2019 —, com uma fortuna estimada em US$ 6,9 bilhões. Ele ocupa a 215ª posição do ranking dos bilionários.
Selecionamos para você uma palestra (em inglês) que ele fez no TED, falando sobre a importância de definir as metas certas.
Vale a pena conferir:
Esse podcast substitui a leitura do livro Avalie O Que Importa?
Não queremos que você deixe a leitura do livro de lado.
Além de escutar este podcast com o resumo do livro, recomendamos que você leia o best-seller Avalie O Que Importa na íntegra.
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Conclusão
Os OKRs têm um enorme potencial porque são muito adaptáveis. Não há dogma, nem um jeito 100% certo de usá-los.
Organizações diferentes têm necessidades que podem variar bastante ao longo de seu ciclo de vida.
Para alguns, o simples ato de tornar as metas abertas e transparentes já é um grande passo à frente. Para outros, uma cadência de planejamento trimestral mudará o jogo que a empresa está jogando.
Cabe a você encontrar seus pontos principais e tornar a ferramenta realmente sua, adaptando às suas circunstâncias.
O uso de uma plataforma dedicada aos OKRs — como a desenvolvida pela CoBlue — é fundamental para a implementação dessa metodologia e gestão de desempenho de todos na empresa.